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Por que apostar na construção sustentável?

Construção sustentável: a indústria da construção civil tem papel fundamental para a realização dos objetivos globais do desenvolvimento sustentável, sendo responsável por altos níveis de representatividade nos Produtos Internos Brutos (PIB) de países. Segundo o Conselho Internacional da Construção – CIB, a indústria da construção é considerada o setor de atividades humanas que mais consome recursos naturais e utiliza energia, gerando consideráveis impactos ambientais.

Suas características não se restringem ao alto consumo de matéria e energia, mas, também, ao elevado potencial de geração de resíduos sólidos, líquidos e gasosos. Segundo estudos, estima-se que entre 50% e 70% dos resíduos sólidos gerados pelo conjunto das atividades humanas em municípios sejam provenientes da construção.

Considerando a necessidade de minimizar os impactos ambientais provocados pela construção civil, surge o paradigma da construção sustentável, sendo esta, segundo conceitos da Agenda 21, “um processo holístico que aspira a restauração e manutenção da harmonia entre os ambientes natural e construído, e a criação de assentamentos que afirmem a dignidade humana e encorajem a equidade econômica”.

Os desafios para o setor da construção são grandes e consistem, principalmente, na redução e otimização do consumo de insumos e energia, na redução da geração e dos impactos da destinação inadequada dos resíduos e efluentes gerados, assim como na preservação do ambiente natural e na melhoria da qualidade do ambiente construído, devendo, estes aspectos, ser encarados dentro da perspectiva de ciclo de vida.

Construção sustentável

Tendências da construção sustentável

As tendências da construção sustentável caminham, praticamente, em duas direções. De um lado, a busca por tecnologias alternativas que resgatem o uso de materiais e recursos do próprio ambiente em que a edificação é construída, a exemplo do uso da terra crua, da palha, da pedra, do bambu, entre outros materiais naturais e pouco processados. De outro lado, empresários apostam em “empreendimentos verdes”, dotados de certificações específicas e até internacionais, seja no âmbito da edificação ou do urbano, ou seja, do planejamento territorial. No entanto, muitos edifícios rotulados como verdes ainda refletem apenas os esforços para reduzir os gastos energéticos e de água, sendo, em muitos outros aspectos, convencionais, tanto na aparência quanto no processo construtivo.

Para que se alcance a concepção de modelos efetivamente sustentáveis, é importante observar a mudança dos conceitos da arquitetura convencional para projetos mais flexíveis, que prevejam construções modulares, a redução do uso de insumos, especialmente aqueles com potenciais elevados de impacto ambiental, e de desperdícios, assim como permitam uma possível readequação para futuras atividades, minimizando as demandas de demolições.

Nesse cenário, surge o conceito de arquitetura sustentável, fundamentada em projetos inovadores, que têm influenciado a maneira de pensar das construções no Brasil. Esse estilo de projeto arquitetônico visa a elaborar estruturas que provoquem o mínimo de impacto ambiental possível, além de incorporar um caráter social, pois as obras costumam ser economicamente mais viáveis.

Vantagens dos projetos sustentáveis

Entre os benefícios das construções sustentáveis, temos o crescimento da velocidade de ocupação, o aumento da competitividade e uma maior liquidez, além de menores taxas de inadimplência. Estas situações vêm sendo amplamente defendidas em recentes estudos do mercado imobiliário e, também, em eventos do setor. Atualmente, é possível afirmar que estamos observando um processo de maturidade e consolidação das práticas e conceitos de construção sustentável.

Os registros e projetos que se fundamentam em experiências na área da “construção verde” já se expandiram para todas as regiões do Brasil, e, desde 2013, observa-se uma grande diversidade de tipologias que busca, inclusive, certificações específicas (LEED, AQUA, etc.). O movimento não está mais restrito a edificações corporativas de alto padrão. São escritórios, escolas e creches públicas e privadas, museus, estádios de futebol, hotéis, restaurantes, novos “bairros”, shopping centers, lojas de varejo, plantas industriais etc. Além disso, a indústria fornecedora de materiais e serviços também colabora com esse movimento, dispondo de inúmeras soluções para o atendimento a essa demanda.

Há indústrias e empresas que estão avançadas até nas temáticas relacionadas à avaliação do ciclo de vida e declaração ambiental de produto. Outro importante vetor de transformação a se destacar é o papel das políticas públicas existentes e em discussão, que buscam incorporar incentivos às construções em padrões mais sustentáveis.

E você, como enxerga o papel da construção sustentável para o desenvolvimento da engenharia civil? Costuma propor soluções e materiais nos seus projetos que levem em conta a responsabilidade ambiental? Conte pra gente pelos comentários e até a próxima. 

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